Nicolinas

 

  Os rituais nicolinos em honra de S. Nicolau, são como que “marcas” que contribuem para assinalar a descontinuidades e tradições, e estes englobam, rituais ligados essencialmente á puberdade (desde a juventude até á transacção adulta). Estes marcos possuem uma estrutura trifásica, iniciando-se a 29 de Novembro e terminam a 7 de Dezembro.

A primeira ligada á separação do individuo ou do grupo, e é marcada pela Pinheiro, cabendo aos velhos nicolinos o papel de indicar aos novos o caminho a seguir, mostrar como se toca o bombo e como se ergue o mastro.

A segunda fase é um período de tabu, em que o indivíduo é considerado como se estivesse fora do tempo, não desempenhando um papel normal na sociedade. E caracterizado pelas posses, roubalheira, magusto, pregão, danças.

A terceira fase, é marcada pelas maçãzinhas e pelo baile nicolino, demonstrando á sociedade que estão em condições de assumir um novo papel na sociedade - o estado adulto.

 Por volta do séc. XIV, altura em que é criada a Escola da Colegiada de Guimarães (equivalente às actuais escolas de ensino secundário), no Largo da Oliveira, local onde se faziam os festejos a S. Nicolau. Os Estudantes da Colegiada e os Coreiros (padres) saíam à rua para festejar o S. Nicolau, usando vestes eclesiásticas, sendo tradições realizarem apresentações e Danças nesse dia (tal como ainda hoje sucede com as Maçãzinhas e as Danças de S. Nicolau, ambas no dia 6 de Dezembro), celebrando o santo que era também, seu padroeiro: o padroeiro dos estudantes. Depois de iniciados os festejos pelos estudantes da Escola da Colegiada, pode-se afirmar que eles foram assumidos e promovidos no século XVI pelos estudantes do ensino universitário de Guimarães, da Universidade da Costa ou Universidade de Guimarães, albergada no Convento da Costa (criada em Guimarães por D. João III, entre 1537 e 1550, para dar estudos superiores ao seu filho bastardo, D. Jorge, longe de Lisboa, tendo leccionado em Guimarães, alguns dos principais nomes da intelectualidade da época). Até por influência do seu reitor Frei Diogo de Murça, cuja formação advinha de locais onde o culto a S. Nicolau era muito divulgado, como eram as Universidades de Salamanca, Paris e Lovaina.

Assim sendo, o surgimento da festa Nicolina, como festividade de culto a S. Nicolau, pelos estudantes de Guimarães, sendo anterior à criação da Universidade da Costa (inícios do século XVI), nasce na Escola da Colegiada de Guimarães, entre o século XIV (data da criação da Escola da Colegiada e da chegada a Guimarães do culto a S. Nicolau) e o século XV, sendo aqui muito difícil determinar, em que altura os estudantes da Escola da Colegiada, se apropriaram do festejo nicolino popular, tomando-o como seu. O termo ou a designação actual de “Festas Nicolinas”, surge apenas no século XIX.

 Estes eventos fundadores das nossas festas são os que servem de “barómetro histórico” para que as Festas Nicolinas, sejam consideradas por uma parte significativa dos historiadores, como uma das mais antigas tradições académicas da Europa (surgidas apenas dois séculos depois da Fundação da Nacionalidade), e como tal necessariamente, do Mundo.

 

S. Nicolau

As celebrações em honra de S. Nicolau significavam um ritual de transição, ou seja, passagem da adolescência para a idade adulta. Sendo assim os jovens que se encontram nesta fase é-lhes permitido comportamentos dispersos típicos da sua idade.

Este Santo tornou-se popular como patrono dos jovens porque concedeu muitos milagres nomeadamente a esta faixa etária, sendo o seu dia 6 de Dezembro.

As festas nicolinas têm nos seus diferentes números, elementos profanos e elementos religiosos, mas que estruturalmente não se articulam entre si.

 

Pinheiro

De origem religiosa ou não, a sua evolução deve-se a uma tradição popular tipicamente minhota, consiste em levantar um Pinheiro anunciador do início dos festejos, ali permanecendo ao longo da duração das festas. Tem vindo a ganhar mais adeptos, fazendo mover centenas, especialmente a camada jovem.

É antecipado pelas tradicionais “ceias nicolinas”, com o objectivo de conviver com ex-estudantes e programar actividades futuras. Esta é tradicionalmente composta por “caldo verde com tora, papas de sarrabulho, rojões de porco com batatas, tripas com grelos e castanhas assadas, sempre bem regadas com (muito) vinho verde da região (branco ou tinto) ”. Segue-se então o cortejo.

Arranca sempre à meia-noite num desfile de milhares de pessoas, saindo do Terreiro do Cano passando pelo Castelo de Guimarães, Palheiros, Rua de STº António, Toural, Alameda S. Dâmaso e Campo da Feira, vindo a terminar no Largo de S. Gualter junto à igreja dos Santos Passos, num lugar agora definido junto ao monumento, à festa ligado.

O pinheiro segue enfeitado com lanternas e um festão com as cores escolásticas (vermelho e branco), pousado em carros puxados por bois, levando à sua frente a representação figurativa da deusa Minerva, desempenhada por um homem travestido com um traje de soldado romano. É liderado pela figura máxima deste dia- um membro da comissão, o chefe dos Bombos. É ele quem lidera e conduz todo o cortejo do Pinheiro, e atrás de si e da sua “boneca”- que usa para marcar o ritmo dos bombos.

Após o final do cortejo, numa tradição ainda recente mas que faz já parte da tradição do Pinheiro, os estudantes deslocam-se até à Alameda Abel Salazar em frente ao Liceu de Guimarães para aí ficarem a rufar o toque do Pinheiro até ao nascer do dia (esta tradição iniciou-se porque há alguns anos não havia dispensa de aulas na manhã seguinte, e os estudantes ficavam a tocar até ao seu inicio para impedir a sua realização.

 

Posses e Magusto

O nome advém de um Cónego da Colegiada que legou uma dádiva anual aos coreiros da colegiada (padres), que se instituiu como “posse”. Começou por ser recolhida na casa da Renda em Urgezes (constituída por castanhas, vinho, maças, tremoços, nozes e palha, são por isso dádivas generosas para a ceia daquela noite de convívio- o magusto-, que mais tarde chegou a dar lugar às maçãzinhas, já que as maças oferecidas as raparigas são as recebidas no decorrer das posses).

Iniciam-se as 21.00h no Campo da Feira percorrendo todo o centro histórico, em percurso definido em função das casas onde haja “paragem” combinada. Nelas participam apenas os estudantes membros da comissão de festas pois só eles têm o direito de pedir os “comes e bebes”, prestada então depois há população no magusto. Nesse cortejo eram acompanhados pela população com archotes e por uma banda de música que todo o percurso toca o Hino Escolástico, Hino das Nicolinas.

Ficaram conhecidas as posses de muitas casas como as do Dr. Matos Chaves, das Freiras de Stª Clara, as do Mestre Venâncio, marisqueira, entre outras. Em todas estas, antes da entrega da posse, o cicerone emite uns dizeres, transmitindo mensagens aos estudantes e fazer rir a população que os acompanha.

Concluindo, depois deste número das posses, proporciona-se um momento em que os estudantes revelam o seu altruísmo ao recolherem géneros alimentares e em lugar de os guardarem, partilharem com toda a população que os acompanhou.

 

Pregão

O “Pregão”, realiza-se a 5 de Dezembro e consiste na declamação de um texto satírico-retórico, da autoria de Novos ou Velhos nicolinos, recitado de modo entusiasta por um estudante, que é o “Pregoeiro”, sendo sempre escolhido de entre os 10 elementos da Comissão de Festas, por ser aquele que tenha uma voz mais pujante;

O “Pregão” servia antigamente para anunciar as Festas Nicolinas, que tinha como objectivo anunciar e proclamar pela cidade a crítica social e política, na perspectiva dos estudantes, fazendo-o através dos espíritos contestatário que sempre lhes foi e tem sido peculiar.

Os “Pregões de S. Nicolau” (o pregão-texto) são por isso uma boa forma de conhecer uma parte de viver quotidiano do Guimarães antigo, aí se retratou, por exemplo, a chegada da luz eléctrica ou do automóvel, a implantação da República, a entrada na União Europeia, etc. Existem pregões que são autênticas lições de história local e nacional e outros, verdadeiras obras-primas literárias.·
Na estrutura do “Pregão de S. Nicolau”, fazem sempre parte alguns aspectos fixos como:

·         Apelo a Guimarães e exaltação da terra;

·         Elogio a S. Nicolau e a tudo o que o Santo representa para os estudantes;

·         Referências à mitologia clássica; alusão a situações da época (nomeadamente crítica à política local, nacional e mundial e sempre... ao nosso Vitória);

·         Aviso aos intrometidos futricas e a ameaça com o Chafariz do Toural;

·         Referência às Damas e ao culto do amor;

·         Apelo à energia dos tocadores de caixa e bombo, ou tocadores de zabumba, no acompanhamento do Pregão.

O “Pregão” é recitado, ou apregoado, em cinco pontos da cidade por onde se deslocam em cortejo os estudantes bramindo as baquetas e castigando os bombos e caixas, executando o “Toque do Pregão”.

A saída, é do Campo da Feira, pelas 15.00h. O cortejo, é liderado a cavalo, pelo 1º Vogal da Academia, trajado a rigor e ostentando a bandeira da Academia Vimaranense seguido pelo “Carro do Pregão”, um coche puxado por uma ou duas parelhas de cavalos, com cocheiro e trintanário, onde seguem o Pregoeiro e os “4 Grandes”, ou os dos cargos da Academia (Presidente; Vice-Presidente; Tesoureiro; Secretário).
“Todos estes seguem também trajados a rigor, com luvas brancas, laço preto e mascarilhas verdes e o Pregoeiro, de luvas, colarinho e mascarilha brancos (adereço que serve para “esconder” simbolicamente os responsáveis pelas afirmações proferidas, algumas das quais, ainda hoje deixam moça) e com uma camisa de smoking, de colarinhos levantados, academicamente designada por camisa de “irópito”. A seguir vem a multidão de estudantes, chefiados pelo Chefe de Bombos com a sua “boneca” para marcar o toque dos bombos. ““A restante Comissão de Festas (aliás como todos os estudantes que participem no cortejo), vêm vestidos com o chamado “traje de trabalho” (calças pretas, camisa branca, lenço tabaqueiro e gorro nicolino), não lhes cabendo tocar, mas antes, desempenhar a difícil tarefa de fazer com que não haja um único ruído, enquanto o Pregoeiro está a recitar; recorrendo aos meios necessários para os “fazer calar”.

 Depois de saído do Campo da Feira, o “Pregão” é então recitado em cinco locais:

·         Na Câmara Municipal de Guimarães, situada no edifício do antigo Seminário-Liceu, onde o Pregoeiro recita normalmente ladeado pelo Presidente da edilidade, aqui, depois de recitado o Pregão e pela primeira vez, são distribuídos os panfletos com o texto do Pregão, para a população e os estudantes poderem acompanhar a sua leitura;

·         Depois, o cortejo segue para o edifício do Liceu Nacional de Guimarães (agora Escola Secundária Martins Sarmento), na Alameda Abel Salazar;

·         Em seguida, regressa ao Centro Histórico, à “Rua mais antiga de Portugal”, a Rua de Santa Maria, onde o Pregão é recitado na janela da casa da Sr.ª Aninhas, madrinha dos estudantes vimaranenses;

·         A quarta localização, é normalmente a sede da Comissão de Festas, mas devida à ausência de sede em muitos dos anos recentes, ele é recitado na Praça de Santiago, local de encontro da juventude vimaranense;

·         Por último, é recitado na janela da casa Nicolina, a Torre dos Almadas, em duas janelas sendo que aqui, no último local, o Pregoeiro é por tradição ladeado (na janela da sua direita), pelo escritor do Pregão.

·         O cortejo segue depois ainda para o Toural, onde termina.

·         Após o cortejo, a Comissão de Festas e alguns convidados vão jantar, por tradição, a casa do Pregoeiro, herói deste dia, que no fim do repasto, aí recita pela última vez.


São ainda feitas cópias do texto do Pregão, em papel mais nobre, que são os chamados “Pregões Dourados”.

Estes são oferecidos pelo Pregoeiro e pela Comissão de Festas, às entidades vimaranenses e às pessoas que lhes sejam mais queridas, sendo ainda considerado um orgulho, ser presenteado com um “Pregão Dourado”.

O “Pregão” é assim, dos números mais característicos e mais tipicamente nicolinos. É um dia muito importante para aquele que tenha a suprema honra de ser escolhido pelos seus pares, para representar a Comissão e declamar à cidade, e é um dia em que a Comissão contribui para os arquivos da cidade.

 

Maçãzinhas

Festejo dedicado ao sexo feminino, uma vez que as raparigas não podiam participar nos festejos, só lhes cabendo assistir, é-lhes reservado e dedicado o dia mais significativo, o dia de S. Nicolau, 6 de Dezembro. Estando elas, simbolicamente, nas janelas ou varandas, onde passam e de onde assistiram a todos os restantes Números.

O nome deste número nicolino acontece pelo facto de as maçãs que servem de oferenda, serem muito pequenas em tamanho. Isto porque, as primeiras maçãzinhas que os estudantes levavam eram oferecidas, e foram-no durante muitos anos pelo Rendeiro de Urgezes que oferecia sempre aquelas maçãs redondinhas, coradinhas e muito pequeninas; daí o nome atribuído a este número.

É um número de inspiração romântica, de recuperação das antigas técnicas de galanteio, cuja particularidade se prende com o facto de apesar de ultrapassadas, conseguirem ainda manter os seus efeitos de romantismo. A sua magia começa desde logo, porque os rapazes têm que levar a sua lança, que colocam no cimo da cana com que chegam às varandas, carregada de fitas que pedem às raparigas. Fitas essas que podem ser de várias cores, sendo que cada cor tem um significado.
Está presente, em toda a envolvente da festa, o simbolismo da recuperação do namoro “à moda antiga”, não só através dos disfarces com que os rapazes se apresentam, como no facto de só poderem “namorar” à janela (como sucedia no tempo antigo), como ainda, nas diversas formas subtis que há-de passar mensagens de eles para elas e de elas para eles (através das fitas, das prendinhas, das lanças, etc.).

A principal peculiaridade das “Maçãzinhas” e que faz com que não surjam como uma mera representação teatral, reside no facto de apesar de assentar em costumes e práticas de galanteio já de “tempos idos”, conseguir ainda, em jovens (rapazes e raparigas) modernos do século XXI, de um tempo de total liberdade de relacionamento, produzir neles os mesmos efeitos de sempre, fazendo-os sentir como porventura de nenhum outro modo nas suas vidas, o efeito do romantismo, de um sentimento que já não há, mas que ali, em quem participa, se recupera de uma forma indescritivelmente... mágica!


Normalmente nas fitas, para além das cores escolhidas, são colocados dizeres, símbolos e mensagens que deixam “pistas” aos rapazes sobre qual a rapariga em que deverão “apostar” para entregar a lança. Se os rapazes já tiverem optado por uma rapariga que pretendem galantear, pedem a essa a fita do laço (fita com o dobro do tamanho das restantes, sempre cor-de-rosa, com a qual se dá um laço que irá prender as restantes). Contudo, a fita do laço do primeiro cortejo das “Maçãzinhas” a que um rapaz vá, é sempre, por tradição, oferecida pela mãe, sendo nesse caso sempre, a fita de cor branca, cor que se mantém reservada para a mãe mesmo quando já não dá a fita do laço.

Segue-se igualmente de num cortejo alegórico, que desfila pelas ruas da cidade, com saída pelas 15.00h, tendo como destino final a Praça de Santiago (antigamente era o Largo do Toural e Rua de Santo António, mas por imposição dos tempos, foi alterado o destino para uma das mais simbólicas praças da cidade de Guimarães).

No final, quando acabam as maçãs, a lança é retirada da ponta da cana e é oferecida àquela a quem o rapaz se pretende declarar quando nenhuma delas exista, a lança é oferecida à mãe.

O número das “Maçãzinhas” está carregado de significados.

  

Danças de S Nicolau

Era costume que uma banda percorresse as ruas da cidade, de 29 a 6 de Dezembro, “ao raiar da aurora”, uso antigo que anunciava os dias especiais das Nicolinas. O encerramento das Festas era feito a 6 de Dezembro, com realização durante todo o dia de Cavalhadas e exibições, e à noite com as Danças Nicolinas no Teatro – o “baile mascarado”, os “quadros vivos” e outros divertimentos, com destaque para a personificação de deuses da mitologia clássica.

As suas origens estão ligadas à necessidade de angariar fundos para a instituição e manutenção do culto de São Nicolau, construção da sua Capela e demais obrigações impostas pelo levantamento da sua Irmandade.

No final do séc. XVII e princípios do séc. XVIII as danças que os Irmãos, Coreiros (Padres) e Estudantes executavam eram: A Folia Preta, a Dança Preta, a Dança Militar e a Dança Chinesa. Eram números coreográficos a que se anexavam rábulas, ditos espirituosos, pequenas dramatizações e cantorias. No mesmo âmbito se integravam as “danças de armas”, as “óperas” e as “operetas”.

Desde os meados do passado século, as Danças saíam do teatro ao princípio da tarde, aonde regressariam, e espalhavam-se pela cidade em grupos, tomando o nome de Turnos das Danças. Participavam, também, no início deste século, no cortejo das maçãzinhas com um carro próprio onde abriam o apetite do povo para a representação que teria lugar nessa noite.

 

Baile Nicolino

O Baile Nicolino é o número de encerramento das Festas Nicolinas.

Como número de encerramento que é, é um Baile de Gala para o qual os estudantes se vestem “a rigor”, sempre acompanhados pela sua “noiva”.

É uma festa a que comparecem todos os estudantes, e respectiva companhia, para se despedirem das suas festas académicas.

Actualmente, a Comissão de Festas Nicolinas recuperou o “Baile Nicolino” com o seu sentido e enquadramento etário original. Para os elementos da Comissão de Festas Nicolinas, é a última festa e uma oportunidade de se despedirem de mais umas Festas Nicolinas, algo de que se recordarão ao longo das suas vidas.

 

Roubalheiras

Os estudantes espalhavam pela cidade sorrateiramente, noite adentro, fazendo mudar de lugar as mais variadas coisas e desviando outras, aparecendo todas de manhã, junto ao Pinheiro, antigamente levantado no Largo do Toural. Seguem um costume popular muito velho, difundido um pouco por todo o país, ligado às Festas de S.João. Assim, baseados nessa tradição, os estudantes vimaranenses deram início às “Roubalheiras”, percorrendo a cidade durante a noite e deitando mão a todo o tipo de objectos, levando-os depois para o Toural. No dia seguinte, a cidade parava para ver o resultado daquela noite de intenso “labor” estudantil.

Como “refere Alberto Vieira Braga” São tabuletas de médicos, advogados, cabeleireiras, ferradores, agências funerárias que aparecem com as placas trocadas, fechaduras de portas alteradas, galinheiros e estábulos assaltados, habitações”

Actualmente, as “Roubalheiras” realizam-se discretamente, em noite incerta da “Semana Nicolina”, mediante aviso prévio às forças de segurança. Todos os participantes nas “Roubalheiras” têm que estar devidamente credenciados pela Comissão de Festas, que lhes disponibiliza igualmente cartões identificativos próprios e os avisos oficias para deixar colocados nas casas ou lojas “assaltadas”.

 

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