Natal

 

S. Nicolau e o Natal:

No dia 6 de Dezembro era celebrado o dia de S. Nicolau, sendo este o dia que se ganhava os presentes. Depois da reforma, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção ao Menino Jesus, passando a sua festa para 25 de Dezembro. O dia 25 de Dezembro passou a englobar o Natal e o S. Nicolau. Em 1969, devido a vida do santo estar pouco documentada, o papa Paulo VI ordenou que a festa fosse retirada do calendário Oficial Católico Romano. O natal era festejado em várias datas diferentes, pois a data exacta do seu nascimento era desconhecida.

 

Presépio:

A palavra presépio surge do latim e significa estábulo. Segundo a lenda o primeiro presépio de Natal foi feito em São Francisco de Assis, Itália, em 1223, quando Francisco de Assis pede permissão ao Papa para celebrar o Natal de uma forma mais realista. Ele organizou um presépio de palha, com a imagem do menino Jesus, da virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento e vários animais vivos. Os frades Franciscanos alastraram a tradição de fazer o presépio pela Europa.

Na actualidade o presépio continua a ser uma tradição e faz-se normalmente ou nas entradas das igrejas ou por baixo da árvore de Natal.

 

Árvore de Natal:

A árvore de Natal começou em 1530, na Alemanha com Martinho Lutero. Na Roma Antiga comemoravam uma festa chamada “Saturnalia” (antiga festividade da religião romana dedicada ao templo de Saturno e a mítica idade do ouro), esta coincidia com a nossa festa de Natal.

A árvore de Natal é o pinheiro pois tem a folha sempre verde, que simboliza a vida. A árvore de Natal aparece a primeira vez representada no quadro de Lucas Cranach, em 1500, as primeiras árvores de Natal colocadas em público foram em 1700 na Alsácia. Normalmente a árvore de Natal é enfeitada com fitas, luzes, uma estrela no topo, chocolates e com doze velas que representam os meses do ano.

A árvore de Natal é uma tradição comum em católicos, protestantes e ortodoxos.

 

O Pai Natal:

A origem do Pai Natal foi inspirada num bispo chamado S. Nicolau, este era padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças, era conhecido por salvar os marinheiros das tempestades, de defender as crianças e por oferecer presentes aos mais pobres. Até ao final do séc. XIX o pai natal era representado com roupa de inverno de cor castanha ou verde-escuro. A roupa de cor vermelha e branca com cinto preto foi criada por Nast, em 1931 para uma campanha publicitária da Coca-Cola, onde mostra o pai natal com o mesmo vestuário criado por Nast, que representavam as cores do refrigerante.

 

A rena Rudolfo:

Rudolfo a rena de nariz vermelho, das nove renas do pai natal é a mais popular. As outras renas chamam-se Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen, como na canção. A história de Rudolfo surge em 1939, quando as lojas Montgormery Ward distribuíram folhetos cm um poema a retratar a história de “Rudolph the red-nosed reindeer”. A ideia de Robert May era atrair clientes para a loja, mas a história de Rudolfo tornou-se tão popular que Gene Autry contou uma versão musical da fábula, essa canção foi traduzida em mais de 20 línguas diferentes e até um filme do género de banda desenhada, foi realizado baseado nessa história. A história é também uma crítica, pois ele era criticado pelas outras renas por ter um nariz vermelho, e numa noite de nevoeiro ele “Salvou o dia de Natal” iluminando o caminho ao pai natal para entregar os presentes.

 

As meias de Natal:

A lenda das meias tem origem na Holanda, com a expressão “ não te esqueças de deixar o sapatinho na janela/lareira, senão o pai natal não vai trazer presentes.”

 

A missa do Galo:

Na véspera de Natal é celebrada a missa do galo, que tem origem na província espanhola Toledo, a missa do galo foi instituída pelo Papa São Telosfero, em 143. A missa do galo é celebrada desde o século V, na basílica de Santa Maria Maior, em Roma. A missa da meia-noite é também associada ao hino latino cantado na cerimónia de Natal que aponta o nascimento de Cristo no meio da noite, dai a meia-noite ser o nascimento do Menino Jesus.

O galo era considerado uma ave sagrada no Antigo império Romano, que simbolizava a vigilância, fidelidade e testemunho cristão.

Segundo a lenda, na véspera de Natal é celebrada a missa do galo, que tem origem na província espanhola Toledo, em que cada lavrador matava o seu melhor galo e levava-o para a igreja e oferecia-o aos mais pobres, para terem um almoço diferente e melhor que os restantes dias do ano. Nas aldeias portuguesas levava-se o galo vivo para a igreja para ele cantarolar durante a missa.

 

As cores do Natal:

A principal cor de natal é o branco que pode ser substituído por prata ou dourado, significa a pureza e a natureza sem pecados de Cristo.

 

Os três Reis Magos:

Os reis magos vieram do Oriente, e foram guiados por uma estrela, para adorar o menino em Belém, Ignora-se a providência dos Reis Magos, este episódio foi apenas relatado  no Evangelho de S. Mateus.

A denominação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos hábeis ou cultos, mas esta palavra também era usual para designar os astrólogos.

Os três Reis magos chamavam-se Belchior, Baltasar e Gaspar, os seus nomes significavam, (Belchior significa: “ Meu Rei é luz”, Baltasar traduz-se por: “ Deus manifesta o Rei” e Gaspar significa: “Aquele que vai inspeccionar”), diz-se serem três reis magos pelos presentes que ofereceram ao Menino Jesus, que foram: a mirra, o ouro e incenso.

Os presentes que os magos ofereceram ao menino Jesus tinham um significado espiritual, o ouro representa a realeza, o incenso provavelmente a fé, a mirra (representava a imortalidade) resina anticéptica usada em embalsamamento desde o Egipto Antigo, que remete a morte de Jesus, mas na antiguidade o ouro era um presente para o rei, o incenso para um sacerdote e a mirra, dai em alguns para um profeta. A troca de presentes que se faz na actualidade surgiu no nascimento de Jesus países a troca de presentes ser feita no dia de reis e não no dia de Natal. 

 

A Gastronomia de Natal:

No dia 24 de Dezembro o peru, o bacalhau, o polvo, o porco e o marisco fazem parte do jantar de natal. Os doces mais antigos são o bolo-rei, rabanadas, aletria, sonhos de abóbora, entre outros.

O bolo-rei é um bolo típico francês, os outros nasceram da criatividade dos portugueses e amantes de doces, este bolo está cheio  de simbologia, muito sinteticamente pode dizer-se que este doce caracteriza os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A côdea (a parte exterior) simboliza o ouro; já as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra; por fim, o incenso está representado no aroma do bolo.
No Norte e Centro ainda há a tradição de preparar todas estas sobremesas em casa, a partir de receitas herdadas das antecedentes gerações.

 

 

 

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